“Vídeo Show” ganha novo cenário, mas insiste nos velhos erros
Desde que Boninho assumiu a direção de núcleo do “Vídeo Show”, o programa tem sofrido uma série de ajustes para tentar ampliar os índices e acabar com aquela imagem de “propaganda oficial” da emissora. Primeiro buscaram a agilidade com vários apresentadores, mas, como o revezamento entre eles tinha um ar muito ensaiado, o esquema foi abandonado. Luigi Baricelli voltou para as novelas e Fiorella Matheis deixou definitivamente o programa. Geovanna Tominaga foi transformada em repórter especial e responsável pelas “quentinhas” da tarde. Bruno de Lucca é o coringa, cobre as folgas de André Marques e faz reportagens diferenciadas. E Ana Furtado é a apresentadora/entrevistadora do programa.
E assim caminha o “Vídeo Show”, sempre em transformação e ainda sem uma identidade mais atraente. Nesta segunda-feira, o programa ganhou um novo cenário. Para ficar mais “jornalístico” e com cara de revista eletrônica é apresentado a partir da redação, um detalhe que não mexeu na audiência. Segundo dados preliminares, hoje o “Vídeo Show” atingiu 13 pontos de média em São Paulo, praticamente sem oscilações.
O “Vídeo Show” vale pelo bom trabalho de edição, desenvolvimento de pauta e curiosidades que são resgatadas de arquivos e da memória de quem gosta de televisão e não de quem quer apenas brilhar sob os holofotes. É um programa de trabalho da equipe de retaguarda e, por isso, independe de quem está em sua apresentação, com mais ou menos carisma. Aliás, já está na hora de aprender que em alguns casos não adianta forçar que o público aceite o que (e quem) não o agrada. Em televisão verdade é tudo, carisma é algo que não se constrói e público se conquista no olhar franco.