Powered By Blogger

Tradutor

Visualizações

Powered By Blogger

terça-feira, 28 de junho de 2011

TV precisa criar novas estratégias!

A televisão não sabe ouvir o que o público quer

Nos últimos meses muito se discute sobre a mudança no perfil do telespectador e a necessidade de se desenvolver uma programação que atenda a nova classe C, a que representa um pouco mais da metade da população do Brasil. Várias ações foram adotadas nesse sentido e atrações surgiram nas 5 redes nacionais dirigidas a essa fatia da audiência. Mas, afinal, o que a classe C quer assistir na televisão? Mais violência, afirmam alguns executivos que utilizam esta ferramenta. Mais polêmica, garantem produtores que só sabem fazer barracos. Mas será que alguém já conversou diretamente com um representante da classe C, sem recorrer a pesquisas de opinião?

Este é o ponto fundamental de toda essa discussão. Numa guerra cada vez mais feroz pela audiência, os executivos só enxergam o veículo a partir de pesquisas, justamente para que não errem e, caso ocorra a falha, possam culpar os dados apontados nos relatórios dos institutos de estudo. Ninguém mais ouve a sensibilidade, o público, conversa com o pessoal de casa, do bairro, do clube, da padaria. A impressão que se tem é que as pessoas que estão nesses locais não assistem televisão e, portanto, suas opiniões não são válidas sem a análise de um especialista em pesquisa. Mas é justamente nessa conversa que surgem boas ideias ou pelo menos o caminho.

Ouço muito porque de cada observação é possível tirar uma lição e encontrar caminhos. E nesses bate-papos curtos consigo enxergar nas palavras que tudo o que o público deseja na TV é qualidade, uma linguagem mais popular, conversa direta entre apresentadores e telespectadores e se reconhecer no que assiste. Simples, sem pesquisas!

Ah… e vamos deixar claro que não sou contra pesquisas; elas são importantes, mas apenas uma ferramenta na construção de uma grade. A sensibilidade de quem faz a arte da TV ainda é o principal combustível da máquina de fazer sonhos.

Insensato Coração começa a esquenta

“Insensato Coração” começa a punir bandidos e entra na reta final

Gilberto Braga e Ricardo Linhares já trabalham nos capítulos que começam a amarrar muitas tramas em “Insensato Coração”. Os autores prometem punir os vilões e criminosos muito antes do último capítulo, como tradicionalmente se faz em novelas. A ideia é mostrar ao telespectador que as conseqüências dos atos desses personagens e deixar para o último mês os conflitos entre Norma e Léo e a solução do casal principal.

Nesse sentido, Cortez é o homem da vez na lista dos que não se darão bem, com reflexos em vários personagens. Com sua prisão, o confisco de seus bens e a situação do banco a perigo, Eunice e Júlio focam preocupados com o dinheiro da família que foi aplicado e está indisponível. É claro que cada um tem um olhar nesse assunto. Eunice não quer perder status; Júlio está atento ao futuro da família. Os autores prometem colocar Eunice em mais uma situação constrangedora ao procurar Léo para esclarecer tudo.

Insensato Coração” encontrou seu caminho, recuperou audiência e já registra média superior a “Passione” com a mesma quantidade de capítulos. A trama talvez sirva de lição para uma nova realidade da teledramaturgia: o telespectador já não se envolve com um ritmo mais lento (como o adotado no início da novela) e quer muita ação o tempo todo.