Faustão acerta com o “Arquivo Confidencial” de Willian Bonner
Já foi a época em que jornalismo e entretenimento não se comunicavam na grade de uma emissora de televisão. Para preservar a credibilidade dos produtos ligados às notícias, evitava-se a mistura de elementos dos dois segmentos e repórteres e âncoras de telejornais eram orientados a fugir principalmente dos programas de auditório. As coisas mudaram e parece que agora a ordem é mostrar que jornalista não é aquele ser que não fala com ninguém, não sorri, é frio com as notícias e olha o mundo de cima para baixo. Houve uma humanização e isso é importante porque o telespectador não quer mais âncoras imóveis aos fatos. É preciso se emocionar e reagir naturalmente diante das notícias.
No último domingo (12), Willian Bonner, o todo poderoso do “Jornal Nacional”, esteve no centro do palco de Fausto Silva para mais um “Arquivo Confidencial”. Prometeu não chorar (seu filho disse que chorar é coisa de “mulherzinha”), mas não escondeu a emoção com os diversos depoimentos que foram apresentados no quadro. Willian se revelou um grande brincalhão, um garoto que desistiu de ser ajudante de pedreiro, um jovem que fez de tudo para conquistar a mulher amada e um pai que se desdobra entre a profissão e a casa, como muitos que estavam assistindo naquele momento. O homem do “Jornal Nacional” se humanizou e mostrou a seu público que pode sim ouvir música descartável e ser frágil diante dos fatos.